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Galo e Coelho fazem primeiro clássico mineiro da história da Copa Libertadores nesta quarta-feira
O futebol em Belo Horizonte surgiu no início do século XX, com Victor Serpa. Sua equipe, o Sport, foi o primeiro adversário do Atlético-MG. Fundado em 1908, o Galo veria alguns integrantes brigarem internamente e "pularem" para o América-MG. Em uma relação de 110 anos, os rivais se encontram na Copa Libertadores pela primeira vez na história.
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Fundado em 1912, o América Futebol Clube teve seu primeiro "estádio" onde é localizado hoje o Mercado Central de Belo Horizonte, na Avenida Augusto de Lima. Do outro lado é o Minascentro, onde antes exitia um terreno baldio que serviu de primeiro campo oficial do... Clube Atlético Mineiro. Os ex-vizinhos caminharam em trilhos distintos, mas não sem antes protagonizarem o início da história do futebol mineiro.
São 416 clássicos Galo x Coelho. O Atlético leva a melhor, com 208 vitórias, contra 104 empates e 104 triunfos do América.
Foi perto da antiga Praça Raul Soares, na avenida Augusto de Lima, que América e Atlético foram vizinhos de campos — Foto: Acervo/Arquivo Público de Minas Gerais
Foi perto da antiga Praça Raul Soares, na avenida Augusto de Lima, que América e Atlético foram vizinhos de campos — Foto: Acervo/Arquivo Público de Minas Gerais
Nos primórdios
A primeira taça oficial do Atlético é a antiga "Bueno Brandão", conquistada em 1914. Foi vencida em turno e returno contra o América e o extinto Yale. O troféu está até hoje na galeria do Galo na sede de Lourdes. No ano seguinte, a primeira edição do Campeonato Mineiro seria disputada (chamada de "Campeonato da Cidade). O Atlético foi o campeão, com o Coelho na terceira colocação.
Então, viria a histórica sequência de 10 títulos vencidos pelo América na Liga Mineira de Esportes Atléticos. Neste decacempeonato americano, o Galo ficaria com o vice cinco vezes. O Coelho viria o surgimento do Palestra Itália/Cruzeiro na década de 1920, e ficaria em terceiro plano. Só voltaria a vencer o Campeonato Mineiro em 1948, e justamente diante do Atlético. Tal troféu vale outro capítulo.
O gol do guarda
Confrontos marcados por grandes artilheiros - Meirelles, Satyro Taboada, Gunga, Petronio, Jair Bala, Dario, Reinaldo, Fred -, o clássico Atlético x América já teve o (polêmico) "gol do Guarda". Em 1948, o Campeonato Mineiro foi decidido pelas duas equipes. O Coelho foi campeão, e o Atlético ficou na bronca.
Resumidamente, o jogo decidiria o título. No estádio da Alameda, casa do América, o Galo precisava do empate. O Coelho fez 2 a 0. Nívio descontou para os atleticanos. A arquibancada chegou a ceder e a partida foi interrompida. Então, Murilinho marcou o terceiro ao América, mas os jogadores do Atlético alegaram que a bola foi empurrada para o gol de Kafunga por um policial. Muita reclamação, o Galo teve o segundo gol anulado, e deixou o campo. O título do América foi só reconhecido no ano seguinte, pelo STJD.
Cadeira presidencial
Nos primeiros anos de Atlético e América, uma saborosa curiosidade. Eles compartilharam de dois presidentes. Aleixanor Alves Pereira, um dos 22 fundadores do Galo e seu segundo presidente, foi mandatário do América. Assim como Jair Pinto dos Reis, que ocupou a cadeira no Atlético entre 1912 e 1913, pulando para o Coelho em 1916.
Já nos tempos modernos, primos foram presidentes de Atlético-MG e América-MG. Alexandre Kalil e Marcus Salum são da mesma árvore genealógica de descendentes sírio-libaneses que chegaram a Belo Horizonte no início do século passado. Kalil foi presidente do Galo entre 2009 e 2014. Salum foi o mandatário em diversas ocasiões, e hoje é o gestor de futebol do Coelho.
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Telê Santana
O lendário treinador que venceu o Brasileirão de 1971 pelo Atlético-MG era torcedor do Fluminense e do América-MG na infância. A ligação com o Coelho vinha de família. O pai de Telê, seu Zico, foi goleiro do América na virada dos anos 1920 para 1930. Em entrevista ao Roda Viva, mestre Telê chegou a revelar que "detestava" o Galo na infância.
Virou o técnico de maior número de partidas na história do Atlético, com três passagens. A sua estreia na volta em 1987, inclusive, foi em goleada de 5 a 1 contra o Coelho. A ligação de Telê no América ficou mais forte em 1989, quando ele firmou parceria para ser uma espécie de coordenador das categorias de base do Coelho, que revelou Ronaldo Luís, Palhinha e Eullers, que seriam comandados por ele no São Paulo.
Lendas
Atlético e América já foram a casa de verdadeiras lendas do futebol mineiro. Nos últimos tempos, era comum o Coelho abrigar jogadores que passagens bem sucedidas no Galo. O movimento contrário era o tradicional. Éder Aleixo foi revelado no América em 1973, e virou ídolo do Atlético na chegada em 1980.
O mesmo aconteceu com Gilberto Silva. O volante foi transferido do América para o Atlético em 1999, se destacou e virou volante titular da seleção brasileira em 2002, no título mundial. Dadá Maravilha, segundo maior artilheiro da história do Atlético, também defendeu o América, assim como João Leite, Palhinha, Euller, Mancini, Fábio Júnior, Fred...
Clássico internacional (parte I)
O duelo pela Copa Libertadores não será o primeiro clássico Atlético x América em âmbito internacional. Em escala bem menor, mas histórica, Galo e Coelho se encontraram na Copa Centenário de Belo Horizonte, competição organizada pela FMF em 1997, quando BH completou 100 anos de fundação.
O Atlético venceu o torneio que contou ainda com Cruzeiro, Corinthians, Flamengo, Olimpia, Benfica e Milan. A competição foi marcada, também, pela aposentadoria do volante Toninho Cerezo, que saiu de campo diante do time italiano, defendendo o Galo. Anos antes, Cerezo também havia jogado pelo América. O Atlético empatou com o América em 2 a 2 em um dos grupos da competição. O time alvinegro venceria a final por 2 a 1 contra o Cruzeiro.
Meia foi eleito o melhor jogador da partida e marcou dois dos três gols do Fla.
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