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Com repescagem garantida, Ricardo Gareca pode fazer história ao comandar Peru em duas Copas do Mundo - Globo.com

Em 2018, técnico argentino conduziu os peruanos ao Mundial após 36 anos e pode aumentar o feito se vencer Austrália ou Emirados Árabes Unidos pela repescagem, em junho.


A seleção peruana contrariou a própria tendência a transformar tudo em sofrimento e construiu desde cedo uma segura vitória diante do Paraguai, em um extasiado Estádio Nacional de Lima. O triunfo por 2 a 0 garantiu para La Blanquirroja o quinto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas e a classificação para a repescagem rumo ao Catar, quando enfrenta o vencedor de Austrália e Emirados Árabes Unidos (todo este perrengue está previsto para junho). Se avançar, será a sexta participação peruana em Copas do Mundo, e a segunda seguida sob o comando de Ricardo Gareca, o homem que colocou os peruanos de volta aos holofotes do futebol continental.
Há sete anos no comando da seleção peruana, Ricardo Gareca é o técnico com o trabalho mais duradouro no futebol de seleções da América do Sul. É também o técnico que mais dirigiu La Blanquirrroja na história --- a vitória contra o Paraguai foi seu jogo de número 94. El Tigre Gareca assumiu justamente num mês de março, lá em 2015, no seu primeiro trabalho após a frustrante passagem pelo Palmeiras (depois de ser multicampeão no Vélez Sarsfield, o time de seus amores).
O trabalho de Ricardo Gareca à frente de Los Incas é histórico sob vários aspectos. Sob seu comando, a seleção peruana tornou-se competitiva no continente -- tirando os gigantes Brasil, Argentina e Uruguai, hoje é capaz de bater de frente contra qualquer outro selecionado. Com o técnico argentino na casamata, em 2018 os peruanos voltaram a disputar uma Copa do Mundo após 36 anos de ausência. Na temporada seguinte, chegaram à decisão da Copa América, o que não acontecia há 44 anos. Pelo torneio continental, também conquistaram o 3º lugar em 2015, alcançaram as quartas de final em 2016 e acabaram na 4ª colocação na edição do ano passado. São resultados absolutamente dignos de celebração para um país que durante muito tempo precisou se resignar a ver sua seleção destinada ao papel de coadjuvante.
Se passar pelo representante da Ásia na repescagem, a seleção peruana vai disputar a Copa do Mundo duas vezes seguida, igualando o período de 1978-1982, única vez em que isso aconteceu. Pela primeira vez, no entanto, será comandada pelo mesmo técnico. Em 1978, os peruanos eram treinados por Marcos Calderón, histórico técnico peruano que venceu a Copa América de 1975 (a segunda e última de La Blanquirroja) e morreu na tragédia com o avião do Alianza Lima, em dezembro de 1987. Já na Copa da Espanha, em 1982, o técnico era o brasileiro Tim, que assumiu cerca de um ano antes do torneio.
Além da longevidade, das marcas históricas e da capacidade de transformar o Peru em uma equipe de forte tendência coletiva, como ficou visível especialmente no primeiro tempo da vitória contra o Paraguai, o que impressiona no trabalho de Ricardo Gareca é a capacidade de conquistar resultados mesmo com a constante necessidade de renovar seu elenco. Em 2016, na metade do tortuoso caminho que terminaria na Rússia, o técnico decidiu investir em um time mais jovem, deixando de lado referências do futebol peruano, como Claudio Pizarro e Juan Manuel Vargas. Seis anos depois, novamente bate às portas de um Mundial, agora sem dois de seus maiores expoentes -- Paolo Guerrero e Jefferson Farfán...

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